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Desde que a “retomada consciente” das atividades econômicas começou em São Paulo, em 01 de junho, conforme determinação do governador do Estado, João Doria (PSDB), cada região tem autonomia para reabrir determinados setores de acordo com a fase em que se encontra*.

De lá para cá, a economia tem voltado a operar: shoppings, lojas, academias e espaços públicos, gradativamente, tiveram suas atividades flexibilizadas. Quanto às empresas e escritórios, essa retomada tem exigido um plano de ação que atenda as mudanças surgidas para o chamado “novo normal”. Para entender melhor o termo, consulte artigo de Carlos Calzavara, clicando aqui.

Que todas as empresas vão necessitar de readequações em seus ambientes de trabalho e rotinas internas, não há dúvidas, mas como isso vai acontecer na prática vai depender exclusivamente do perfil de cada negócio e da operação realizada.

Como será essa nova ocupação?

Com a pandemia e o isolamento social, a prática do home office foi ampliada por empresas que já faziam uso dessa modalidade e também adotada por outras que se viram “obrigadas” a migrar para essa possibilidade de trabalho.

Com isso, especialistas preveem um aumento considerável do home office, afinal, ele tem muitas vantagens operacionais (sobretudo neste momento). E como algumas empresas só pretendem retornar seus negócios presenciais após se sentirem seguras para isso (com a Covid-19 controlada ou uma vacina de combate já em atividade), a tendência do home office também exige alguns cuidados.

Um deles está diretamente relacionado à sua regulamentação: a maioria das pessoas não são elegíveis (função, hierarquia, organograma, aptidão); outro cuidado diz respeito às condições ergonômicas e de infraestrutura caseira de cada colaborador (sinal de Internet, mobiliário, pessoas em casa, crianças pedindo atenção etc).

Não se pode esquecer ainda da entrada da nova LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, que exige softwares de segurança referente ao uso de dados e informações exclusivos da empresa.

Pesquisa recente da Buildings, realizada entre os dias 13 e 14 de julho e apresentada durante o 7º Buildings Exclusive, direcionada às empresas em relação à prática do home office, serviu para desmistificar o rumor de que os escritórios ficarão “vazios” após a crise da saúde.

Para 54,2% das empresas, elas ainda não haviam trabalhado dessa forma; em outro cenário, considerando um curto prazo de 6 meses, foi avaliada a possível tendência de manter o trabalho dessa maneira. A resposta de 42,7% das empresas diz que elas “pretendem manter o escritório atual, utilizando o home office de forma parcial ou definitiva para menos de 50% dos colaboradores”.

Já no cenário de longo prazo (considerando os próximos dois anos à frente), 38,9% das empresas disse que “pretende manter o escritório atual, utilizando o home office de forma parcial ou definitiva para menos de 50% dos colaboradores”. Ou seja, os escritórios vão permanecer ativos.

Protocolos e boas práticas para o mercado imobiliário

Fonte: Arquitetura Augusto Consiglio

No mercado imobiliário corporativo, as medidas de segurança e saúde passam, inevitavelmente, por algumas etapas e planos de ação. Alguns deles são:

  • Os cuidados com a higiene e saúde serão redobrados (isso inclui a limpeza de mesas, equipamentos eletrônicos, álcool em gel sempre à altura das mãos etc);
  • Definir roteiros de limpeza diários e ciclos reforçados em áreas críticas (banheiros, corrimãos de escada, painel de elevadores, bancadas da recepção etc);
  • Sinalizar no piso a distância de segurança entre as pessoas: mínimo 1,50m;
  • O ar condicionado precisará passar por limpezas e renovações constantes do ar;
  • As estações de trabalho terão assentos limitados, com distanciamento maior entre os colaboradores;
  • Será preciso pensar e criar rotas nos corredores, acesso aos elevadores e sala de café, para evitar pequenas aglomerações;
  • Não será permitida a ocupação frequente nas recepções dos prédios e condomínios; esse espaço será apenas de entrada e saída;
  • A demarcação do piso para distanciamento será muito importante dependendo do negócio ou da atividade desenvolvida na empresa (como fábricas e espaços logísticos);
  • As reuniões de equipe, por mais importantes que sejam, deverão ser mantidas no ambiente virtual; o espaço deverá ser somente para interações necessárias com clientes;
  • Os espaços colaborativos ou de convivência (como é comum em algumas empresas) deverá ser evitado ou pré-estabelecido em formato de rodízio, aplicando sempre um distanciamento social mínimo;
  • Em empresas com equipes grandes e que os colaboradores precisem desenvolver suas atividades no escritório, será necessário existir o revezamento de dias e horários para evitar aglomerações;
  • As salas comerciais terão seus layouts com nova escala (menor adensamento);
  • home office permanece como tendência em detrimento ao uso de escritórios; os projetos residenciais terão espaços dedicados ao trabalho;
  • Os colaboradores que fazem uso de transporte público, neste primeiro momento, devem ser poupados de comparecer ao escritório.

Projeções para o retorno presencial nos escritórios

A maior expectativa destas últimas semanas tem sido em relação à viabilidade/eficácia de uma vacina de combate ao novo coronavírus. Em matéria publicada na revista Exame (26/07), surgiu uma candidata que trouxe bons resultados contra a mutação mais comum do vírus, o que pode deixar o desenvolvimento de uma cura mais próximo.

Neste novo estudo, o produto fabricado pela empresa de biotecnologia Moderna foi testado para a mutação D614G do vírus, presente em mais de 70% das infecções confirmadas no mundo.

De acordo com publicação no site do Ministério da Saúde (27/07), o governo federal fez parceria com a embaixada Britânica e com o laboratório AstraZeneca, aceitando a proposta de acordo de cooperação no desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina para a Covid-19. Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira.

Enquanto a vacina ainda está em estudo e testes, os gestores condominiais e as empresas precisarão atender aos protocolos que estão surgindo, como dito anteriormente. Além disso, terão de criar documentos específicos de convivência seguindo as orientações dos órgãos competentes e reguladores.

Por outro lado, muitas empresas já estão considerando a possibilidade de retorno aos espaços físicos, após a existência da vacina, como um marco para a retomada das atividades, e o fim de tantas incertezas ocasionadas por esta pandemia.

Fontes:

*os protocolos sofrem alterações com frequência. Informações obtidas no site: www.saopaulo.sp.gov.br/planosp


Texto escrito por: Fernando Acédio, consultor de negócios da RealtyCorp

Com 20 anos de experiência profissional em empresas privadas multinacionais, na área de Real Estate, Pesquisa de Mercado, Negociação de Imóveis (compra e venda), Negociação de Contratos de Locação, Busca de pontos/imóveis em todo o território nacional, Coordenação da 1ª pesquisa (50 pessoas) de áreas industriais (galpões, terrenos, fábricas) detectando novas demandas, ofertas e tendências de mercado realizado na Grande São Paulo.

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