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Se por um lado ainda é difícil projetar exatamente quando a pandemia vai estar sob controle no Brasil, por outro, não é tão incomum pensar que este momento de crise possa ser o trampolim “perfeito” para o mercado imobiliário aproveitar.

Apesar da vacinação seguir de forma positiva, diversas empresas, dos mais diferentes segmentos, já se posicionaram quanto ao retorno de suas rotinas nos escritórios. Algumas dizem que voltarão neste segundo semestre; outras apontam para 2022 e há ainda aquelas que estão propensas a estender ou até mesmo a manter definitivamente o home office – ou o modelo híbrido.

Seja como for, ainda está difícil também dimensionar qual será a nova necessidade de espaços imobiliários no pós-pandemia que se aproxima. Pelo costume, no entanto, entre a definição de uma demanda e a assinatura de um contrato de novo espaço adotado pelas empresas, passam-se em média de 5 a 6 meses. Tempo razoável para vislumbrar oportunidades, sobretudo nesta fase vivenciada.

Tendo este período como prática de mercado, não seria este o momento de se estimular a discussão junto às lideranças dos negócios, em se tratando de novas locações, reformas, ampliações (ou reduções) de espaços, renovação de contratos, etc.?

É sempre importante considerar que esta crise desencadeada pelo novo coronavírus, embora séria (e provavelmente a maior até hoje), não é a primeira enfrentada pelo mercado imobiliário corporativo. Em um passado recente (2016) também sofremos muito, por razões diferentes, mas vimos que nos anos seguintes novas oportunidades surgiram e a economia voltou ao eixo esperado. E até alcançou novos ares.

Como enxergar o mercado

Para que a economia volte a crescer, não podemos nunca perder de vista, no entanto, que o mercado imobiliário tem uma característica de longo prazo. Sua atuação e projeção ocorrem a longo prazo. É dessa maneira que se estabelece o seu ciclo.

A pandemia trouxe uma série de problemas para diversos setores da economia, mas trouxe também oportunidades.

Em nosso dia a dia na RealtyCorp, temos visto e sentido muito o movimento de capital. Investidores e incorporadoras se posicionando, aproveitando a liquidez do mercado, procurando ativos baratos ou “oportunísticos”. Antecipando-se para o novo ciclo que virá com a evolução e os efeitos da vacinação.

Mas do lado da demanda de ocupantes, não temos visto o mesmo movimento ou otimismo. Por que isso acontece?

Em vídeo recente do RealtyCorp Analytics, apresentado por Marcos Alves, sócio fundador da empresa, é apontado o resumo deste primeiro trimestre de 2021, fazendo comparações com meses anteriores. Ele também traça o cenário inicial da pandemia (início de 2020) em comparação com o ciclo atual. Taxa de vacância elevada em algumas regiões e recorde na absorção líquida negativa em São Paulo são alguns dos agravantes desta análise. Para saber mais, confira o vídeo clicando aqui.

Mas por que o mercado parece desafiador para encontrar novos inquilinos se oportunidades estão disponíveis neste momento?

O que me ocorre é que existe a necessidade de um olhar diferente (“step back”, como dizem os americanos) como dizem os americanos por parte dos gestores de real estate e facilties das empresas ocupantes. Isso estimularia/provocaria discussões internas junto às lideranças de suas empresas, direcionando sua visão de forma mais estratégica a médio e longo prazo, antecipando-se assim à retomada que virá nos próximos meses, e aproveitando este momento de oportunidades.

Em artigo anterior, de Fernando Acédio, trouxemos essa discussão: a de aproveitar as oportunidades para reformar e propor melhorias e soluções nos escritórios e postos de trabalho. Para ter acesso, clique aqui.

Alguns prédios e escritórios seguem fechados ou vazios, e os colaboradores continuam em home office. Isso tem como consequência que muitos proprietários estão abertos a negociações e tendem por aproveitar estes momentos para reformar/adequar seus espaços.

Para as empresas que só voltarão suas atividades presenciais em 2022, buscar por melhores condições de contratação e focar numa estratégia de longo prazo, só tende a trazer bons frutos para seus negócios.

Antecipe os negócios

Nesta última semana tivemos o exemplo de um cliente da RealtyCorp que gostou da ideia de receber uma pesquisa desenvolvida por nossa equipe com as oportunidades de relocação. Esse cliente disse que iria usá-la para provocar/estimular uma discussão interna com a liderança de sua empresa.

Em outro artigo publicado aqui, apresento informações sobre o que já está acontecendo nos EUA para este momento de volta aos escritórios. Quando a pandemia for controlada e o mercado retomar o crescimento, haverá uma correria por ativos. Ativos estes que, agora, estão com preços e condições atrativas de negociação e disponíveis a níveis recordes. Para conferir o texto na íntegra, clique aqui.

Ter esta visão de longo prazo que os players de capital estão tendo, também por parte dos gestores dos usuários finais, pode trazer muitos benefícios para o mercado imobiliário. Este é um bom momento de provocação, de olhar para o mercado e antecipar negócios, além de rever estratégias.


Texto escrito por: Milton Jungman, Diretor de Novos Negócios da RealtyCorp.

Graduado e Mestre em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP, foi Diretor Executivo de Workplace da Accenture por 12 anos (de 2008 a 2020), onde chegou a atuar como membro da Equipe Global de Corporate Real Estate. Durante 10 anos foi também responsável pela área de Workplace Solutions para a América Latina. Acumula em suas experiências anteriores, atuação como Diretor de Real Estate para a América Latina – EDS (HP Services), Diretor de Desenvolvimento (Real Estate) do Walmart Brasil e Diretor da Birmann S.A. Foi, ainda, Co-Fundador e Diretor Executivo da JLL (Jones Lang LaSalle) na América do Sul.


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